Entrada dos chineses na Mercedes rejeitada… mas Geely não desiste!

A Geely é já um dos maiores construtores chineses e os seus planos de expansão a nível global são extremamente ambiciosos e passam por ter… uma posição importante na Daimler, a companhia que detém, entre outras, a Mercedes! Para isso, a marca chinesa já pôs de lado a "ninharia" de quatro mil milhões de euros para com isso tentar comprar 3 a 5 por cento da Daimler.

Pode parecer pouco mas, se o tivesse conseguido, a Geely tornar-se-ia no terceiro maior accionista da Daimler. O que significa que passaria a ter voz activa, mesmo que não decisiva, no futuro de todo o grupo mas, sobretudo na Mercedes. A oferta da Geely foi, contudo, prontamente recusada! O que também não admira, pois a Daimler também já parcerias, na China, com construtores de renome local como a BAIC Motor Corp ou a BYD.

Não se pensa, contudo, que a Geely se deu por vencida e desistiu da investida para ter uma parte… interessante da Daimler. Aliás, a própria companhia alemã o percebeu, mantendo uma posição amistosa perante o gigante chinês, mas remetendo-o para o normal mercado de acções. Ou seja, dizendo que acolheria de bom grado o investimento do construtor chinês se comprasse acções no mercado. Por outras palavras, a Geely é, obviamente, livre de contactar todos os pequenos accionistas e ver se algum lhe quer vender as suas acções, até perfazer os tais 3 a 5 % que desejava…

A Geely tem vindo a crescer de forma considerável, tendo, pelo caminho, sido autêntica tábua de salvação para a Volvo, ao assegurar os destinos da marca sueca. Com a grande vantagem de ter injectados os meios financeiros necessários e ter dado quase liberdade total aos engenheiros suecos para desenvolverem uma nova geração de produtos que tem sido muito bem-sucedida. Ao mesmo tempo, aproveitaram os seus conhecimentos para criarem uma nova marca interna, a Lynk & Co, com produtos de classe mais elevadas que aqueles a que a marcas chinesas nos habituaram, preparando-se para também os venderem na Europa.

Por fim, mais recentemente, passaram a controlar a Proton, grande fabricante da Malásia e, por via desse negócio, tornaram-se senhores da Lotus. Marca para que têm ambiciosos planos, começando logo por a quererem transformar numa concorrente da Porsche e estarem já a avançar com o futuro lançamento de um SUV. Uma entrada como accionista de referência na Mercedes era mesmo o que lhes faltava para que todos acreditem na seriedade com que estão a atacar o mercado mundial!

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